Se em Meu Ofício, ou Arte Severa*
Dylan Thomas


Se em meu ofício, ou arte severa,
Vou labutando, na quietude
Da noite, enquanto, à luz cantante
De encapelada lua jazem
Tantos amantes que entre os braços
As próprias dores vão estreitando —
Não é por pão, nem por ambição,
Nem para em palcos de marfim
Pavonear-me, trocando encantos,
Mas pelo simples salário pago
Pelo secreto coração deles.

*Tradução de Mário Faustino

2 comentários:

Nirton Venancio disse...

Mário Faustino, nosso dândi enviesado, traduzindo Dylan Thomas, outro anjo torto. Gênios!

Duarte Dias disse...

Concordo plenamente. Gênios.