Do Espelho

Quanto a viver sozinha
Inventa que vive
Porém mente
Ignora o tempo
E permanece intacta
Luz opaca de cidade velha

De vez em quando
Apesar da outra
Que natimorta existe
Observa o movimento
Sinistro das coisas
E dos homens

Espectadora do que é
Espera algo
Coisa que aconteça
Silenciosamente
E que valha a pena
Não estar

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